sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ética e poder na sociedade da informação

Hoje vou refletir sobre:
Ética e Poder na Sociedade da Informação

DUPAS, Gilberto. Ética e Poder na Sociedade da Informação.De como a autonomia das novas tecnologias obriga a rever o mito do progresso. São Paulo: Editora UNESP, 2001. (2ª Ed.)

A leitura deste livro é de significativa importância para os educadores. Destaco abaixo alguns trechos em que o autor pontua questões importantes.
“Tecnologias da informação e automação estão hoje presentes em todos os lugares. Compõem as cenas da vida cotidiana, instaladas em nossa intimidade. São filhas do desejo, dele recebendo sua qualidade de ser complexo e não de um simples instrumento. São parceiras ambíguas e desconcertantes, exceto para quem delas tira seus objetivos de lucro e domínio”. (p.71-72)
“A técnica nos possibilita o “saber como” e não o “saber por quê”. Ela nos ensina como fazer certas coisas, mas não por que se deva fazê-las”. (p.71)
Em relação às técnicas e a sua autonomia assim se expressa o autor:
“Elas estão ligadas umas às outras, e seu controle se torna cada vez menos livre, na medida em que se expande, de cada uma delas, tratada isoladamente, para seu conjunto. É na sua interação com os espaços sociais que a técnica - em todos os lugares e quase sempre presente – aumenta seu próprio poder. A aliança com as técnicas se negocia continuamente, requer cidadãos esclarecidos, vigilantes e críticos, não consumidores fascinados”. (p.84)
Quando discutimos a importância do uso das tecnologias de informação e comunicação na educação básica precisamos estar atentos a esta questão: alunos, professores, gestores não podem ser consumidores fascinados, mas sim, utilizar a tecnologia de forma crítica, questionadora, buscando ampliar os espaços de aprendizagem. A grande questão: para que usar em lugar apenas, do como usar! Este desafio aí está colocado especialmente para nós educadores.

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