quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Sobre a televisão

Nesses momentos que antecedem a televisão digital em nosso país, me vem à mente o Livro de Pierre Bourdieu "Sobre a Televisão".

Enquanto a mídia muito e discute sobre a qualidade da imagem, por exemplo, propagandas trazem com ênfase a melhoria nos detalhes de visualização, lembro-me do alguns aspectos questionados por Bourdieu entre eles destaco: a palavra.
"È preciso fazer um trabalho de assistência à palavra" (p.47) O autor se refere a necessidade de se fazer ouvir quem tem algo a dizer, isto é, de auxiliá-lo a se expressar de forma plena. Será que com a melhoria da imagem, a palavra será oportunizada? Ou continuarão com suas técnicas, a ajudar a afundá-la? No programa Fantástico do último domingo no quadro minha periferia, houve uma importante abordagemde como a população dos arredores da capital parisiense , percebem a mídia. Por coicidência(ou não), os capítuulos dessa semana da novela das oito abordaram a tentativa de ser realizado um documentário, numa favela, e que também recebe rejeição da população local. As classes menos favorecidas estão percebendo que sua realidade é fabricada pelos meios de comunicação. Quem nos fez associar miséria e pobreza com marginalidade?
Bourdieu afirma que os jornalistas têm óculos especiais a partir dos quais vêem certas coisas e não outras. E ainda, que vêem de certa maneira as coisas que vêem. Afirma ainda que a televisão que deveria ser um instrumento de registro, torna-se um instrumento de criação de realidade.
Nos últimos escândalos políticos brasileiros, até que ponto o que acompanhamos na mídia é real e é fabricado? A ênfase dada a alguns fatos e não a outros, a manipulação das palavras, tem permitido afundar a realidade. Dar voz a quem tem o que dizer: talvez aí esteja o grande segredo .

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Internet neutra e sem amarras jurídicas

A entrevista com Demi Getschehko, engenheiro que integra o Comitê Gestor da Internet na Revista nº 25 de maio/2007, discute que a legislação específica para a internet pode causar amarras a sua dinâmica tecnológica.
Para ele a segurança na rede deve ser buscada na própria tecnologia.
Considera vital a neutralidade da rede.
Destaca como pontos vitais:
  • como você ataca a governança em níveis mais altos da rede
  • direito autoral é ponto vital
  • formas de coibir, coibir, colaboração entre e polícias para rastreamento, privacidade
  • inclusão digital e expansão da rede.

Destaco ainda o trecho:

" Acredito que tecnologia mais educação vão gerar nossas melhores formas de proteção. Eu acho que legislação é uma coisa perigosa nessa área. Porque é uma área tão dependente de dinamismo de tecnologia, que, se for criada uma legislação amarrada a uma tecnologia, ela pode ficar rapidamente obsoleta e travar alguma coisa, e também ser usada no sentido inverso do que se pretende - para infernizar a vida dos bem-comportados, enquanto os mal-comportados continuam à solta. Dificilmente, um sujeito mal-intencionado vai ser freado porque a legislação proíbe. E você pode sobrecarregar os corretos com o fato de ter de andar com crachá, identificação, impressão digital, essas coisas".

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A revolução das prioridades - Cristóvam Buarque

Penso que todo educador deveria ler...

Alguns trechos que considero essenciais qdo pensamos em tecnologia:
"A opção por um crecimento com base na importação de estilo de sociedade e de métodos de produção exigiu que o país ficasse dependente de capital, de técnicas e de recursos naturais importados." (p.33)
"O Brasil passou a ser um país assustado e sem flexibilidade para definir rumos".
"Os dez erros da modernidade brasileira decorrem da opção por uma modernidade imitativa, do avanço técnico dos países metropolitanos, aliada ao apego das elites aos privilégios e a esperança das grandes massas terem acesso aos mesmos. [...] Por isso, o primeiro passo para a correção dos rumos está na revisão do conceito de modernidade". (p.101)

Buarque considera essencial que nosso país passe da modernidade técnica para a modernidade ética, considerando essenciais três valores:
Democracia com soberania
Integração social e internacional
Qualidade e eficiência.

Aponta ainda, dez intenções da Modernidade Ética:
Um país sem fome
Todas crianças na escola e sociedade culta
População com saúde
Estado eficiente e sem corrupção
Instituições democráticas
Sociedade sem violência
Todos com habitação, saneamento e serviços básicos
Meio ambiente protegido
Infra-estrutura eficiente
Nação aberta.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Projetos colaborativos

Um grande desafio. Transformar a cultura de trabalho fragmentado, isolado, competitivo para produções coletivas e interativas. Mas, como gostamos de desafios ... acreditamos que é possível.