Desde que assumi a Coordenação da UAB não sei mais o que é parar, muito menos para refletir sobre algum tema fora do programa da Universidade Aberta.Minha família, meus amigos, minhas viagens, meus hobbies, tudo tem sido relegado a um segundo plano. Hoje sei o que significa "dedicação exclusiva". Ao receber o convite para a chamada de artigos da Conferência Conjunta Iberoamerica de Tecnologias e Aprendizagem a realizar-se em Cancun em setembro de 2013, resolvi publicar neste blog o evento e compartilhar com as pessoas que se dedicam a articulação tecnologia e aprendizagem.
Do início do meu trabalho no NTE em novembro de 2000 quando nenhuma escola estadual da regional de Blumenau estava conectada aos dias de hoje muita coisa mudou: todas estão conectadas, o número de equipamentos aumentou , o acesso está mais democratizado. Mas, o avanço que considero fundamental é a do uso das tecnologias pelos professores na sala de aula. Embora ainda existam muitas dificuldades, os professores já conseguem vislumbrar possibilidades de trabalhos criativos, colaborativos e que permitem grandes avanços na aprendizagem. Em 2006 concluí uma dissertação de mestrado com o título: Tecnologias na escola: o Mito de Sísifo, ou um salto na Aprendizagem? Nela apontei como uma das grandes dificuldades para a articulação Tecnologia e Aprendizagem a formação dos professores. Em 2012, no meu contato com professores que cursam graduação e pós-graduação percebo que avançamos muito: os professores, de maneira geral, não temem mais a tecnologia, se aproximam dela, querem conhecer mais, e , principalmente desejam aproximá-la de suas aulas. Muitos utilizam redes sociais em seus planejamentos, publicam os trabalhos de seus alunos em blogs, estimulam e ensinam os alunos a produzirem vídeos. Em em número significativo de professores, a frequência a cursos de educação a distância que exigem o domínio de diferentes ferramentas auxiliou na ampliação de conhecimentos que permitem realizar a aproximação da tecnologia com a aprendizagem.